04 setembro 2011

Terapia é coisa pra corajoso!

CHARGE: Psicoterapia

 

Recentemente, fui adicionado em um grupo no facebook, (Central do Terapeuta-HIP-TVP-TR-Holíst.-Psicanál.-Psico-Fisio-Saúde), administrado pela minha amiga Martha Mendes. E em uma das postagens do grupo, descobri este maravilhoso (e verdadeiro) texto, publicado por Daniela Palmeira. E devido a veracidade do texto, resolvi publicá-lo aqui para que vocês possam também se deliciar!

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Terapia é coisa pra corajoso!

Apesar de toda evolução científica que observamos todos os dias, percebe-se o grande número de pessoas que veem a psicoterapia como algo “de outro mundo”, ou como “coisa de louco”, ou ainda como último recurso, quando já se chegou ao fundo do poço e já não se sabe mais o que fazer.

Acredito que este tipo de crença está baseado no medo. No medo de realizarmos descobertas em nós que não nos agrada tanto e que, por isso mesmo, é melhor ficar escondido a sete chaves!

 

Imagem: "O que você faria se não tivesse medo?"
“O que você faria se não tivesse medo?”

 

Na minha vivência em consultório percebo esse movimento todos os dias. Quando parece que o individuo vai começar se movimentar no sentido de transformar crenças, padrões de comportamentos e atitudes, de repente desiste da terapia, justificando que está sem dinheiro; ou que nada muda, então não adianta; que está cansado; com problemas na família; alguém doente, enfim, inúmeras justificativas para continuar no “velho jeitinho de funcionar”.

Claro que, algumas vezes, existem motivos realmente concretos que impedem o andamento do processo psicoterapêutico, no entanto, na maioria dos casos, observo uma dificuldade muito grande de continuidade por medo inconsciente de sair do padrão que estão acostumados a viver e, sendo assim, se torna muito mais fácil continuar do jeito que está.

Transformar atitudes, crenças, comportamentos já padronizados exigem de nós comprometimento, disciplina e, sobretudo coragem:

 

  • É preciso muita coragem pra admitir que temos esse ou aquele comportamento que causa nosso sofrimento, mas também nos mantém numa zona de conforto;
  • É preciso coragem pra reconhecer que temos medos e que talvez eles não desapareçam pelo simples fato de procurarmos ajuda e que vamos precisar de mais um pouco de coragem pra conviver com eles até que consigamos transformá-los;
  • É preciso coragem pra percebermos que tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa e que não somos vítimas das circunstâncias e das pessoas;
  • É preciso coragem pra sentar na frente de um profissional e se desnudar interiormente e muitas vezes se sentir frágil sem saber exatamente o que este profissional vai fazer com o que ouviu.

 

Charge: Charlie Brown, depressão

 

Enfim, somente aquele que está comprometido com seu próprio crescimento (mental-emocional-espiritual) pode desenvolver a coragem suficiente para olhar para suas dores, sua sombra e extrair delas a lição necessária para ir ao encontro de sua luz!

Por isso que eu digo: Terapia é coisa pra corajoso!

 

Daniela M. P. Azevedo
Psicóloga e Psicoterapeuta complementar.
Formada em Psicologia Clínica, especialista em Psicologia Clinica/Hospitalar pela FMUSP. Formação em Terapia Regressiva com Milton Menezes e Hans TenDam e formação (em andamento) em DMP (Deep Memory Process) com Roger Woolger.
Site: www.essenciadoserpsicologia.com.br
Telefone: (11) 3699-3517
Osasco/SP.

 


Atualizado em 2015/12/24