31 dezembro 2010

Hipnose: sem dor e sem anestesia

FOTO: seringa e ampola de anestesia | Fonte: Google Imagens

 

Conviver com o medo dos pacientes é quase uma rotina na vida dos dentistas. Mas essa realidade, que atrapalha e muitas vezes até impede os tratamentos, pode melhorar. Depois de conquistar a maioria dos profissionais da Europa e dos Estados Unidos, a hipnose começa a surgir no Brasil como uma excelente ferramenta de trabalho para o odontologista.

Muito longe do ocultismo ou das ciências místicas, a hipnose é um procedimento cientificamente fundamentado. Ao longo da história, tem sido largamente utilizada como técnica curativa e foi ainda a primeira técnica de psicoterapia. No caso dos dentistas, a hipnose pode, em muitos casos, substituir as anestesias e diminuir os sangramentos e a salivação, facilitando muito o tratamento.

No Brasil, a utilização da hipnose é autorizada aos cirurgiões-dentistas no artigo 6° da Lei nº 5.081, de 24/08/66, que regula o exercício da Odontologia. No entanto, é necessário que os profissionais sejam devidamente habilitados. Para isso, começam a surgir cursos de hipnose direcionados para os profissionais da Odontologia.

O Cirurgião Dentista Gelson Crespo da Silva descobriu a hipnose há 15 anos. Desde que começou a exercer a profissão, o medo do paciente o incomodava bastante. Procurando uma forma mais humana de tratar seus pacientes, acabou fazendo um curso de hipnose na ABO e se tornando um pesquisador do assunto. “Antes de utilizar a hipnose com meus pacientes, eu absorvia o sofrimento deles e ficava muito estressado. Hoje, trabalho 10, 12 horas e termino meu dia sentindo-me muito bem”, conta Gelson, que é ainda psicanalista clínico e ministra cursos de hipnose em vários estados do Brasil.

 

Recursos inconscientes

A hipnose é um estado especial de consciência, intermediário entre o sono e a vigília. Nesse estado, o lado direito do cérebro, que trabalha a imaginação, é ativado, enquanto o lado esquerdo, mais racional, se relaxa. Na hipnose, a mente consciente permite a indução, deixando que a mente inconsciente se manifeste.

É através da voz monótona e repetitiva do dentista que o paciente alcança o estado hipnótico. Um ambiente calmo e tranquilo também ajuda. Através de técnicas específicas, as ondas cerebrais do paciente passam do estágio beta (da vigília) e atingem o estágio alfa da hipnose, quando o hipnoterapeuta pode sugestionar o paciente. Consegue, dessa forma, sugerir à mente hipnotizada que determinada parte do corpo está anestesiada.

Fazer uma anamnese nos pacientes antes de recorrer à hipnose é sempre importante, segundo Gelson. Aqueles com história psicótica, que têm a realidade mal estabelecida, não devem ser hipnotizados. Crianças abaixo de 4 anos e pessoas com mais idade, especialmente aquelas que não têm muita atividade intelectual, também constituem um público para o qual a hipnose é contraindicada.

Embora tenham medo do dentista, muitos pacientes também sentem medo da hipnose. Por isso, em alguns casos, o dentista precisará desmitificá-la. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, ninguém faz sob hipnose nada que não faria se não estivesse hipnotizado. Além disso, por questões éticas, nenhum profissional pode utilizar a hipnose sem o conhecimento do seu paciente.

Segundo Gelson, a chave do sucesso da hipnose nos consultórios é a boa integração entre o dentista e seu paciente. Ambos só têm a ganhar: o profissional pode trabalhar com mais tranquilidade e o paciente se livra do medo. “Além disso, o estado hipnótico é extremamente agradável para ele”, diz Gelson.

 

O fim da dor

Os processos fisiológicos que permitem ao corpo sob hipnose livrar-se da dor vêm sendo estudados e pesquisados. A teoria mais recente é a que considera os exteroceptores (os receptores da dor)1 e o sistema ativador reticular ascendente (SARA), feixes de células próximas ao cérebro.

Sempre que uma pessoa sabe que vai se submeter a algum processo doloroso, começa a liberar alguns hormônios, principalmente o cortisol, que produz estresse e acaba esgotando o cérebro. A hipnose faz com que o SARA induza a produção de hormônios serotonina (do bem-estar) e beta-endorfinas, criando um antagonismo com o cortisol.

Estudos recentes feitos a partir de tomografias computadorizadas comprovaram que a imagem do sistema ativador reticular ascendente se modifica do estado da dor para o bem estar quando o paciente está sob hipnose.

 

Lucia Seixas
Matéria originalmente publicada no site Medcenter™ Odontologia.

 


Atualizado em 2015/10/28


 

Notas


  1. EXTEROCEPTOR:sm. (êxtero + lat capto, com apofonia + or) Biol. Órgão dos sentidos excitado por estímulos que se originam fora do corpo. | Dicionário online

 

30 dezembro 2010

Dentistas usam até Hipnose para paciente perder medo do tratamento

FOTO: Paciente fazendo malabarismo pa cadeira de um dentista antigo
Foto: Blog do Dentista

 

Sentir aquele frio na barriga ao ouvir o motorzinho do dentista pode ficar apenas nas lembranças do passado. Técnicas usadas em consultórios odontológicos prometem mais conforto para quem fica nervoso só de pensar em agulhas, sangue e no tal barulhinho incômodo. De acordo com a experiência do profissional e o paciente, as técnicas podem variar desde uma simples conversa até hipnose.

A ortodontista Fernanda Palma diz que a maioria dos que têm medo passou por experiência negativa ou ouviu falar de alguém que sofreu na cadeira do dentista. Em muitos desses casos, uma boa conversa alivia a tensão. “Você explica o que vai fazer e o paciente ganha confiança. Muitos falam que achavam que o tratamento seria muito pior”. Em outros, em que a conversa não é suficiente, profissionais recorrem a técnicas como a máscara com óxido nitroso, conhecido como gás do riso.

Segundo o dentista Marcelo Kignel, da Clínica Kignel, a técnica — usada pela primeira vez em 1844, durante uma extração — pode ser aplicada em qualquer procedimento e por 99% das pessoas. Só não é recomendada para quem tem problemas respiratórios graves. “Em cinco minutos, o paciente tem uma sensação de conforto. Sente tudo um pouco anestesiado, tem vontade de relaxar e escuta a voz mais longe, mas fica consciente”. Quem passa pelo procedimento pode voltar imediatamente às atividades, pois o efeito do gás, que é administrado por meio de um nariz de borracha, passa rapidamente.

Outra técnica usada na Clínica Kignel é a sedação com anestésico intravenoso, por meio de soro. O procedimento é feito por médico anestesista, em casos de várias extrações e implantes, por exemplo. “O paciente cochila e às vezes acorda com frio ou com vontade de ir ao banheiro”, explica Kignel. Após o tratamento, basta acordar e ir para casa. As restrições, segundo o dentista, são avaliadas pelo médico, que conversa antes com o paciente, verifica se o procedimento é viável e se são necessários exames.

Especiais

A hipnose também pode ajudar a encarar o motorzinho. Especialista em cirurgia bucomaxilofacial e em pacientes com necessidades especiais, o dentista Claudio Gargione aplica a técnica há mais de 20 anos. Segundo ele, em um minuto, a pessoa chega ao estado hipnótico e fica o mais alerta possível. “Programamos o cérebro para aquele tipo de atendimento sem dor. Conseguimos controlar o sangramento e dispensamos anestesia”.
Paciente de Gargione há mais de três anos, a professora de educação física Mônica Bitti, de 32 anos, tem muito medo de anestesia. “Antes me sentia mal quando ia ao dentista. Com a hipnose, não tenho mais medo”.

Fonte: Agência Estado

 

Originalmente publicada no site Odontosites.

 


Atualizado em 2015/12/25


 

29 dezembro 2010

Grávidas aderem à Hipnose para evitar dores no parto

FOTO: Mulher grávida relaxando | Empowered Birth Hypnobirthing
Foto: por Empowered Birth Hypnobirthing

 

Introdução

Hipnose Dinâmica é uma ferramenta que funciona como ponte para o inconsciente, auxiliando principalmente a minimizar a ansiedade na jornada dos 9 meses.

A técnica do Hipnonascimento, como vem sendo chamada, foi desenvolvida nos Estados Unidos há 15 anos pelo obstetra inglês Grantly Dick-Read. Atualmente está sendo cada vez mais difundida na medicina obstetrícia para aliviar a dor no momento de dar a luz. “Consiste em aprender a auto-hipnose para trazer os bebês ao mundo de uma maneira mais calma e pacífica. A mãe é treinada para se envolver com os movimentos da criança e trabalhar em harmonia com o corpo”, explica Dr. Leonard Verea, médico psiquiatra, formado pela Faculdade de Milão/Itália e Presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica.

Segundo o Dr. Verea, gestação e parto são fisiológicos e naturais, e a hipnose pode ajudar a aliviar vômitos da gravidez, dores lombares e aquela vontade constante de fazer xixi — além de diminuir a ansiedade, e assim ajudar a disciplinar a alimentação da gestante, evitando ganho excessivo de peso. “Durante o parto, a hipnose pode induzir o paciente a um relaxamento muscular. Pode ainda diminuir a incidência de outras complicações, da depressão pós-parto e estimulação da lactação”, completa ele.

 

Hipnose Dinâmica

A Hipnose já deixou de ser chamada de técnica milenar e atualmente é considerada uma técnica moderna, com abordagem terapêutica, empregada pela medicina, psicologia, odontologia e reconhecida por associações científicas do mundo todo. “Frequentemente mal entendida e quase sempre polêmica, a hipnose foi muito explorada como charlatanismo, teatro e circo. Na década de 1960 Jânio Quadros criou uma lei regulamentando o seu uso, porém no governo de Fernando Collor de Mello a lei caiu e a técnica passou a ser regulamentada de novo pelos Conselhos de Medicina, Psicologia e Odontologia nos últimos anos”.

A Hipnose Dinâmica funciona utilizando-se da Comunicação Não Verbal (CNV), aproveitando uma brecha do consciente para atravessar os bloqueios emocionais de cada um. “Mas a Hipnose Dinâmica não consegue fazer com que as pessoas façam algo contra sua vontade”, acrescenta o Dr. Verea. “A Hipnose Dinâmica é um processo sugestivo e imaginativo. Todos nós somos hipnotizáveis, mas para o tratamento dar certo, a pessoa precisa querer”, explica. Para colocar a paciente em estado hipnótico com a técnica dinâmica o psiquiatra leva de três ou quatro minutos.

Médico italiano radicado no Brasil há 20 anos e introdutor da Hipnose Dinâmica por aqui, o Dr. Verea diz que a Hipnose Dinâmica funciona como uma “ponte”, para mostrar exatamente que a solução está dentro de cada pessoa. E está bem longe da fantasiosa imagem do pêndulo e do sono profundo. Segundo o médico, a Hipnose Dinâmica pode ajudar a gestante a eliminar situações traumáticas que gravaram emoções ruins no inconsciente, fazendo-a eliminar os valores negativos, que prejudicam o processo de tranquilidade durante a gestação, trocando-os por outros positivos que favoreçam o bem estar físico e emocional, na gravidez, durante o parto e no período pós-parto.

“Aprender a relaxar e viver experiências positivas torna a pessoa capaz de dominar seus temores, adquirir sabedoria e conquistar a chave dos segredos do inconsciente, deixando de ser mais uma vítima das circunstâncias, gerando uma grande força criativa, qualidade de vida e tão buscada, porém nem sempre no caminho correto, felicidade”, finaliza o psiquiatra.

 

Dr. Leonard F. Verea: É médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Clínica, o Dr. Verea é membro de diversas entidades nacionais e internacionais, como o CID CNV Instituto di Psicologia Analógica e di Ipnosi Dinamica; SIMPSocietá Italiana di Medicina Psicosomatica, Roma — Itália; The International Society for Medical and Psychological Hypnosis, New York — EUA, ABMPAssociação Brasileira de Medicina Psicossomática e a Sociedade Brasileira de Hipnose. Atuando também no Brasil desde 1985 como Clínico Geral e Hipnoterapeuta, ministra também grande parte dos cursos e palestras oferecidos pelo Instituto Verea. É Presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica. Além do Instituto, o Dr. Leonard criou e dirige a UNICAP, empresa voltada à implementação e manutenção das condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho.

 

  • Instituto Verea
    Av. Lavandisca, 741 — Cj. 108 — Moema — São Paulo.
    Tel: 5051-2055
    www.verea.com.br

  • Informações para imprensa:
    Central de Fontes Comunicação
    Juliana Reis / Artulio Reis
    Lara Krawczenko
    (11) 3825-3228 / 3822-1643
    imprensa@centraldefontes.com.br

 

Texto originalmente publicado pelo site Mundo Mulher, www.mundomulher.com.br.

 


Atualizado em 2015/12/19


 

28 dezembro 2010

Hipnose é usada para tratar de doenças a problemas emocionais

GIF: “Paranoia” — Ensaio fotográfico sobre doenças psicológicas. | By @RaquelReisPh
GIF: “Paranoia” — Ensaio fotográfico sobre doenças psicológicas. | By @RaquelReisPh

 

Quando o assunto é hipnose, a imagem que vem à mente da maior parte das pessoas é a de um mágico — ou a figura de algum sujeito com pinta de charlatão — balançando um relógio na frente de uma “vítima”, que, em um estado alterado da consciência, revela coisas que não contaria se as perguntas fossem feitas de outro modo. Nada mais antiquado ou preconceituoso do que tal quadro. Hoje, a técnica serve para aliviar dores do corpo, da mente e da alma. A hipnose passou por grandes transformações desde a sua popularização por Jean-Martin Charcot e Sigmund Freud, no final do Século XIX e início do Século XX. A hipnose moderna é muito diferente da hipnose de palco, que atua numa relação de poder entre médico e paciente, e não envolve pêndulos nem uma atmosfera de mistério.

27 dezembro 2010

Hospital de São Paulo substitui sedação por hipnose

FOTO: Cachoeira
Foto: Presidente Figueiredo/AM | by Tom Alves

 

Técnica permite que pacientes claustrofóbicos façam ressonância magnética de forma consciente e calma.

 

SÃO PAULO — Imersa em uma cachoeira no meio de uma floresta tropical, a tradutora Elaine Pereira, de 43 anos, conseguiu fazer a ressonância magnética que tanto temia. A cena, na verdade, estava só na mente dela. Hipnotizada, foi capaz de relaxar sem a necessidade de sedativos. A técnica, aplicada no Hospital São Camilo, em São Paulo, permite que pacientes claustrofóbicos (com medo de lugares fechados e apertados) passem pela máquina de forma consciente e calma.

26 dezembro 2010

Hipnose, o sono que pode curar

ILUSTRAÇÃO: Garfield dormindo, com um balão de um sonho onde ele está também dormido
“Sou eu, o sono” | Aquele Caminho

 

Introdução

Jorge tem 25 anos e estuda Engenharia. Há dois anos, pouco tempo depois de começar sua trajetória universitária, ele começou a sofrer de crises emocionais que lhe causavam um enorme desgaste físico e mental. Seu rendimento acadêmico foi caindo aos poucos, assim como sua energia e sua autoconfiança. Ao longo de sua vida, Jorge sempre foi um estudante exemplar; se preparava para provas com afinco e tirava as melhores notas. Costumava se definir como uma pessoa amante do controle e da perfeição, normas que aplicava a tudo o que fazia.

A via-crúcis de Jorge começou quando entrou na universidade e teve que se adaptar a métodos de estudo e trabalho muito diferentes dos que conhecia e aplicava durante o ensino médio. Mais exigências, e também mais dúvidas. Sua segurança caiu por terra. Então, um colega de faculdade falou muito bem de um hipnoterapeuta e da rapidez com que podia dar alguma solução para seu problema. Jorge não desejava começar um longo tratamento psicológico, e a tal “via rápida de acesso ao inconsciente” prometida pela hipnose se tornou bastante atraente. Logo na primeira consulta, Jorge iniciou um processo terapêutico que o fez descobrir muitas coisas sobre si mesmo e o conduziu não só ao alívio da ansiedade que sofria, mas à uma profunda mudança de vida, algo que o surpreendeu. O estudante descobriu que cursava Engenharia para satisfazer seus pais e que gostava de Turismo. Mudou de carreira, e agora vai à faculdade com entusiasmo em vez de temor, como acontecia antes. Sua segurança e bem-estar não pararam de crescer desde que encontrou seu próprio caminho na vida.

25 dezembro 2010

Crianças podem acabar com dor de barriga usando imaginação, diz estudo

ILUSTRAÇÃO: criança voando num lápis em formato de avião em meio a cenários de aprendizagem e imaginação
Ilustração: O mundo da imaginação | PepiArt

 

Pesquisa americana diz que CD de relaxamento reduziu dor abdominal em 73% dos pacientes.

 

Introdução

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos indica que crianças podem aprender a usar a imaginação para lidar com dores abdominais frequentes.

24 dezembro 2010

Com medo de parques de diversões? Tente a hipnose

Londres, 28 de agosto (Reuters Life!) — Um parque de diversões britânico tomou a iniciativa de ajudar os pais medrosos a se juntar aos seus filhos nos passeios mais assustadores através da hipnose.

 

IMAGEM: Mitos da Hipnose
Fonte: Banco de Imagens do Chessington World of Adventures

 

O parque Chessington World of Adventures descobriu a partir de um levantamento feito no início do ano com visitantes jovens que as crianças se aborrecem quando seus pais relutam em acompanhá-las nas atrações mais radicais.

23 dezembro 2010

Britânico se hipnotiza e é operado sem anestesia

FOTO: Alex Lenkei com ataduras na mão direita

Alex Lenkei, de 61 anos, disse que estava consciente de tudo à sua volta.

Um terapeuta britânico usou hipnose em si mesmo para se submeter a uma cirurgia na sua mão direita sem anestesia. O terapeuta Alex Lenkei, de 61 anos, disse que estava perfeitamente consciente de tudo à sua volta durante a operação, mas que não sentiu dor alguma.

Durante a cirurgia de 83 minutos, médicos removeram partes do osso da base do dedo polegar do terapeuta, que sofre de artrite. A cirurgia foi realizada nesta sexta-feira no hospital da cidade de Worthing, no sudeste da Inglaterra.

 

“Martelos e serras”

“Levou entre 30 segundos e um minuto para que eu me colocasse sob hipnose, e deste ponto em diante me senti muito relaxado”, disse Lenkei, que pratica hipnose desde os 16 anos. “Eu estava consciente de tudo à minha volta, das pessoas falando até o uso de martelos e serras, mas eu não senti dor alguma”.
Durante a cirurgia, um anestesista ficou de plantão, caso houvesse necessidade.

O cirurgião David Llewellyn-Clark, que fez a operação, disse que concordou sem problemas com o procedimento de Lenkei. “Algumas pessoas ficam muito ansiosas por terem de receber anestesia, portanto estou sempre procurando alternativas. Eu tinha confiança que o senhor Lenkei era um hábil hipnoterapeuta, e estou feliz que tudo deu certo”, disse.

 

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Matéria originalmente publicada em 19 de abril de 2008 pelo jornal Estadão.

 

Imagem: www.dailymail.co.uk

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Atualizado em 2016/04/26


 

21 dezembro 2010

Hipnose pode auxiliar no Tratamento do Câncer, segundo especialista

FOTO: Menina com lenço na cabeça sorrindo
Foto: Pró-Ouvir

 

Técnica intensifica os resultados da psicoterapia em benefício do sistema imune do paciente enfermo.

 

Introdução

Melhorar o sistema imune, diminuir a dor do paciente e podendo até neutralizar os efeitos da quimioterapia. Essas são as possibilidades de auxílio que a hipnoterapia, em conjunto com a psicoterapia, oferece no tratamento do câncer. “A hipnose é um instrumento que acelera praticamente qualquer tratamento psicoterápico”, explica Bayard Galvão, psicólogo clínico e presidente dos institutos Milton H. Erickson de São Paulo e de Hipnoterapia Educativa.

Segundo Bayard, a hipnose no tratamento de enfermidades como o câncer está sendo cada vez mais difundida no Brasil: o método foi aceito em 2001 pelo Conselho Federal de Psicologia e, anteriormente, pelo Conselho Federal de Medicina. O Conselho Federal de Odontologia também aprovou a prática da hipnose, que é utilizada associada à inalação de óxido nitroso e oxigênio. “No entanto, o crescimento na utilização da hipnose encontra ainda diferentes obstáculos, como formas tradicionais de tratamentos, embora sejam muitas vezes demasiadamente demorados e, portanto, onerosos1, avalia. Ele ressalta também o papel dos Estados Unidos, onde a hipnose encontra um campo mais amplo de desenvolvimento. “Os EUA estão muito mais abertos e preocupados com instrumentos que deem resultados em comparação a outros países”. 2

A taxa de sucesso no tratamento do câncer com o auxílio psicoterápico é considerável: de acordo com Bayard, pacientes com tumores que são submetidos a um tratamento de psicoterapia chegam a ter uma sobrevida até duas vezes maior do que pacientes que não o fizeram. Embora ainda não haja pesquisas consolidadas, com a dupla “psicoterapia e hipnoterapia”, esta taxa pode mostrar-se ainda mais animadora. O tratamento aliado à hipnose intensificaria os resultados da psicoterapia e diminuiria o tempo para melhorar aspectos emocionais que tendem a prejudicar o tratamento, analisa Bayard, que exemplifica: “O paciente que se apavora e entra num estado de tristeza intenso, diminui seu sistema imune, facilitando a velocidade do crescimento do câncer. Assim, o tempo é um fator vital e a hipnose pode ajudar bastante”.

Em tratamentos invasivos, como a quimioterapia, Bayard Galvão estima que, com a aplicação das técnicas de hipnoterapia, o paciente experimente melhoras em seu estado emocional a partir de dois meses. Mais informações sobre hipnoterapia em: www.hipnoterapia.com.br.

 

Originalmente publicado no site Isaúde.

 

Notas

1 O·NE·RO·SO |ô|: (latim onerosus, -a, -um) Adj. 1. Que ocasiona, impõe ou está sujeito a ônus; que está relacionado aos encargos e/ou obrigações. 2. Que tende a ser dispendioso; que causa muitos gastos ou despesas. 3. Fig. Que provoca incômodo; que pode oprimir ou sufocar; molesto.
Plural: onerosos |ó|.

2 Recentemente, COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) regulamentou o uso da Hipnose em Fisioterapia e Terapia Ocupacional na Resolução COFFITO nº. 380, de 3 de novembro de 2010.

 


Atualizado em 2016/01/24


 

Hipnose resgata vida de paciente

FOTO: “Síndrome do Pânico” | Por Raquel Reis
“Síndrome do Pânico” | Por Raquel Reis

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Mulher que passou 13 anos dominada pelo medo e com crises de pânico encontrou a saída em tratamento hipnótico.

 

Foram treze anos de vida praticamente perdidos. Durante esse tempo, Edimara (que pediu para não ter o nome completo revelado), 39 anos, foi dominada pelo medo. Vítima da síndrome do pânico, de transtorno pós-traumático e de depressão, ela viu seus relacionamentos definharem a tal ponto que sua vida social foi anulada completamente.

Ela chegou a um estágio tão avançado de pânico que o simples fato de ser tocada por alguém foi motivo, por diversas vezes, de desmaios. Edimara entrava em desespero quando via alguém caminhando em sua direção. Ela tinha pavor quando notava que estava sendo observada. Para se sentir protegida, procurava ficar perto das paredes.

O que a Hipnose pode fazer por você

FOTO: Hipnoterapeuta e Cliente
Foto por Como Mudar De Vida

 

Depois da hipnose, minha vida mudou

Três garotas comprovaram que a reprogramação do cérebro pode ajudar a superar traumas, controlar a ansiedade e a depressão e até a perder peso.

Entenda tudo sobre essa técnica que está dando o que falar.
Por Mariana Sgarioni e Luciana Farnesi

“Você está com sono, muito sono…” Quantas vezes você já viu personagens de desenhos animados balançando um pêndulo, repetindo essa frase e fazendo hipnotizados obedecerem às suas ordens? Esqueça a ficção. Longe das telas, na vida real, a hipnose é um tratamento sério que vem sendo cada vez mais procurado para vencer os males da vida civilizada. Quem não conhece alguém que foi assaltado e ficou com medo de sair de casa?

Ou uma amiga deprimida porque perdeu o emprego? Ou ainda aquela outra que morre de medo de avião?

Fobia, depressão, ansiedade, angústia, estresse são alguns dos problemas que a hipnose vem resolvendo com sucesso. Tanto que, em 1998, médicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo para o mundo inteiro comprovando a eficácia do método para mudar padrões de comportamento pela atuação no inconsciente.

 

Índice

  1. Introdução
  2. A consciência que censura
  3. Sem medo do espelho
  4. Em transe, sem risco
  5. Perdi 8,5 kg em dois meses
  6. Me livrei da depressão
  7. Voltei a respirar