Análise de 18 estudos realizados nos EUA mostra que a hipnose ajuda a diminuir a dor em 3 de cada 4 pacientes, alivia a asma, ansiedade e ajuda a acelerar a cicatrização.
Introdução
De acordo com o hipnoterapeuta Cersi Machado, isto é possível porque a hipnose estimula partes do cérebro envolvidas na percepção, alterando substâncias químicas ligadas a outros sistemas do organismo, como o imunológico.
A hipnose é considerada um estado especial de “superatenção”, quando os dois hemisférios do cérebro trabalham em total sintonia e focalizados no mesmo objetivo, facilitando a criatividade, a concentração e até o controle corporal completo, inclusive sobre as percepções dos sentidos. “Sendo assim, o processo de cura se torna mais eficaz”, diz. Cersi lembra ainda que, desta forma, a hipnose pode ser usada em tratamentos de traumas, fobias, ansiedade, queimaduras, tabagismo, problemas sexuais, da fala, fortalecimento de autoestima, para anestesiar e controle da dor, entre outros.
De acordo com a extinta SBHH, o procedimento causa, por meio de sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamentos e na memória. “A hipnose é simplesmente um estado alterado de consciência ou percepção. Um estado da mente natural, que facilita elaborar soluções através de uma percepção mais concentrada e relaxada”, completa Cersi Machado.
Através de uma estratégia de comunicação conhecida como indução hipnótica o terapeuta leva a pessoa a um estado de transe. Trata-se de uma forma de ajuste entre as linguagens do terapeuta e do cliente, que promove um estado alterado de consciência. “O estado que o paciente vai experimentar será agradável e regenerador, porque a hipnose é um estado profundo da mente no qual o consciente e o inconsciente do cliente podem ser focalizados, por ficarem mais receptivos à sugestão terapêutica”, avalia.
A importância da escolha do profissional
Usada por profissionais, a hipnose é um processo seguro. No entanto, é contraindicado para determinadas condições físicas ou emocionais, quando é mais adequado utilizar outra ferramenta terapêutica.
“O profissional encarregado deve tomar a decisão quanto à aplicabilidade da hipnose. Ele deve obter um histórico completo do paciente para determinar se haverá contraindicações.
Quando se trata de certos problemas emocionais severos, como a psicose, a hipnose pode ser inadequada, bem como em certas condições físicas que possam mascarar uma doença orgânica”.
Cersi garante que a pessoa pode aprender a auto-hipnose, ensinada por um profissional. Através do transe autoinduzido o indivíduo pode: relaxar, pensar equilibradamente sobre um problema, integrar novas informações, acessar um estado emocional positivo para aprender com mais eficiência e ter melhor qualidade de vida.
Cersi Machado: Hipnoterapeuta pelo Metaforum Internacional da Alemanha e pelo IMERJ — RJ. Master em Neurolinguística, presta consultoria e treinamento em empresas.
Livros indicados
- ATRAVESSANDO - Passagens em Psicoterapia, de John Grinder (português | inglês) e Richard Bandler (português | inglês);
- Hipnoterapia Ericksoniana Passo a Passo, de Sofia M. F. Bauer;
- A Hipnose de Hoje de Dra. Galina Solovey.
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Originalmente publicado no site Perfil News.
Atualizado em 2016/01/17