01 janeiro 2011

Quatro perguntas básicas sobre Hipnose

 

1. Quem não pode/deve se submeter à hipnose?

Por ser um fenômeno natural da mente, a hipnose tem ampla atuação. Mas não é recomendada para pacientes psicóticos ou esquizofrênicos, pois pode gerar uma paranoia ainda maior. A hipnose também não tem uma eficácia ampla em pessoas com dificuldade intelectual.

 

2. Como é uma sessão de hipnoterapia?

Não existe uma forma única de se realizar uma sessão de hipnose terapêutica. Nos modelos antigos de hipnose havia uma relação de dominação entre hipnotizador e hipnotizado: o terapeuta tinha dizia ter poder sobre o paciente e dava ordens de como ele deveria se comportar.

Na visão moderna da hipnose é possível levar ao transe apenas conversando. Não é necessário olhar para pêndulos nem mesmo fechar os olhos para isso. O (hipno)terapeuta pode usar linguagem de influência para dar sugestões benéficas ao paciente. Ele não é forçado a fazer o que não quer, apenas ouvirá novas formas de lidar com seu problema de uma forma mais receptiva. Na hipnose (dita) “clássica” existe um protocolo fixo de indução ao transe, trabalho de sugestão ao inconsciente e finalização. Já na hipnose (dita) “ericksoniana”, este é um procedimento mais flexível, em que a história pessoal do paciente determina uma individualização do processo. “Por exemplo, um paciente pode achar muito positivo uma indução ao transe utilizando uma visualização em um campo ensolarado e florido. Já outra pessoa, (que pode ter passado por uma experiência desagradável em um ambiente assim), pode se sentir muito incomodado. É muito importante que o processo de indução ao transe e sugestão esteja de acordo com a história e o perfil do paciente”, diz a psicóloga Luciane Lopes Gerodetti.

Basicamente, a sessão começa com a indução ao transe (existem inúmeros tipos). Depois, é hora de trabalhar a questão que motivou a sessão. “Nesse momento o terapeuta pode dar uma sugestão direta e definitiva, como pode optar por uma história que aborde o problema metaforicamente, de tal maneira que o inconsciente é capaz de processar a nova informação e a solução por meio dos novos estímulos e percepções apresentados no processo”, explica Luciane. Ao final do trabalho, o paciente é tirado do estado de transe e retorna ao seu estado normal.

 

3. Em uma sessão a pessoa já sente melhora? Quantas sessões são necessárias para um tratamento efetivo?

Os resultados são relativos para cada paciente, mas podem perceber os resultados já a partir da primeira sessão; outros necessitam de duas ou três. A média são 15 atendimentos.

 

4. Hipnose é o mesmo que terapia de vidas passadas?

Não, mas muita gente confunde as duas. Enquanto a primeira é uma ferramenta cognitiva, a segunda consiste em uma abordagem psicoterápica. “Elas podem ser trabalhadas de forma conjunta: quem acredita em regressão a vidas passadas pode utilizar a ferramenta da hipnose para obter melhores resultados”, explica Alexandre Bortoletto, instrutor da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.

 

Heloísa Noronha
(Originalmente publicado no site BOL Notícias.)

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Abraços e até a próxima.

 


Atualizado em 2016/01/15